¨Se eu pudesse deixar algum presente a você...
Deixaria para você,
se pudesse,
o respeito àquilo que é indispensável...
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.¨

Gandhi

Ganesha Gam Ganesha Gam Ganesha Gam...

Ganesha Gam Ganesha Gam Ganesha Gam...

ÔMMMMMMMMMMMMMM

ÔMMMMMMMMMMMMMM
Yoga é uma prática milenar, um caminho em direção a essência do ser, que nos ensina a reconhecer a experiência de existir plenamente, com boa saúde física, mental e espiritual, sempre em sintonia com a dança da vida.

São Paulo, S.P., Brazil
Marcynha talvez retrate melhor o meu metro e meio de altura. Fui Marcynha desde sempre, nas escolas onde estudei, na faculdade de enfermagem que não concluí, na faculdade de psicologia onde me formei (FMU - 1994), na especialização em Terapia Cognitiva Construtivista da UNIP em 95... Inquieta, sempre buscando novidades, querendo um algo mais... Em 1996 atrás de um novo caminho na psicologia encontrei o caminho do Yoga, um caminho muito além da psicologia, muito além da profissão, um caminho para experimentar a vida! Foi no Yoga que me re descobri, psicóloga por herança familiar e professora de Yoga (desde 1998) por uma escolha que veio do coração. Yam...Yam...Yam... Posso até dizer que meu sobrenome foi uma pista, em sua sonoridade, para que eu ouvisse meu coração. No Yoga encontrei o caminho que me inspira viver e compreender a experiência dessa existência humana.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

O UNO NO DIVERSO (Amanda Nogueira - Jornalista, praticante de Ashtanga Vinyasa Yoga)

¨Se eu pudesse deixar algum presente a você...
...Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável
Além do pão, o trabalho
Além do trabalho, a ação
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.¨


Gandhi

Este vem sendo o meu maior questionamento. Como encontrar as repostas dentro de nós mesmos se ainda não nos conhecemos? Tenho certeza que dentro de cada um surge em alguns momentos da vida essa dúvida: O que somos? Será que estamos realmente no caminho certo? Um pouco de introspecção apenas, já faz um bem enorme pra nós e pra todos que nos cercam. Parar um pouco para refletir sobre nós mesmos, nosso papel no Universo, no planeta, na família é de extrema importância para recuperarmos o verdadeiro eu. Falo da mesma “Verdade” que todas as religiões falam: a re-conexão com a nossa parte Divina. Mas onde está essa parte Divina? Se for divino deve ser perfeito e nós não estamos num estado perfeito de saúde física, mental e espiritual.
Mas infelizmente, esse estado geral de perfeição parece ser tão distante da realidade de muita gente! A desculpa? Falta de tempo. E o tempo? O tempo continua o mesmo. O dia continua com 24 horas, o problema somos nós. Arrumamos coisas demais para ocupar estas 24 horas. Sobrou pouco tempo mesmo para se observar, comer bem, meditar, ficar em silêncio sem fazer nada. Sobrou menos tempo ainda para presenciar os fenômenos da natureza como o nascer e o pôr-do-sol. Sobrou pouco tempo para brincar com os filhos, dar atenção aos mais velhos, quem dirá para ajudar o próximo. Mas não vamos nos aprofundar muito nesse ponto, já que o propósito aqui é o mergulho em nós mesmos e a partir do momento que criarmos espaço para isso, tudo muda.
As medicinas orientais (que são milenares) dizem que tudo tem conexão com tudo. Uma auto-análise diária pode verificar o estado do seu corpo e te dar uma prévia de como serão os dias, como está a sua vida como um todo. Verificar a pele, o brilho e a vitalidade. Dar atenção aos seus eventos fisiológicos, analisar a sua disposição, detectar as suas ondas de humor do amanhecer ao anoitecer, detectar os padrões de pensamentos e ações que você tem. Escolher o que você come e sentir o seu ritmo, perceber o seu tipo de vibração, toda essa anamnese faz parte de um contexto que determinará o seu estado geral e é de extrema importância saber como você está para entender quem você é. Esse é o início de um dos caminhos que o podem levar a alcançar a Plenitude.
O segredo da boa saúde física, mental e espiritual é saber lidar com o próprio corpo. Práticas diárias, que descrevo aqui, não são de natureza exotérica e sim hábitos de extrema importância para o funcionamento adequado do nosso corpo. Entrar em contato com nossa natureza é algo muito valioso. É surpreendente e você se pergunta “como eu vivia sem isso!
Perdemos a sintonia com nós mesmos. Perdemos a conexão com a nossa natureza. A expressão Natureza vem do latim: natura, naturam, naturea ou naturae, aplica-se a tudo aquilo que tem como característica fundamental o fato de ser natural. Não sabemos nada sobre o funcionamento natural do nosso corpo, não temos noção dos processos químicos que ocorrem. Desconectamo-nos da natureza externa também. Que bicho é esse que somos, ou seja, nem bicho e nem Divino. Somos o quê então?
Acordar antes do amanhecer é o grande segredo para que você sintonize-se com o seu corpo e mente e aproveite poderosos eventos químicos e elétricos que acontecem todos os dias. O nascer do sol nos deixa mais calmos, lúcidos, centrados, com muita energia e uma vitalidade surpreendente.
Na qualidade de jornalista (meu dever é informar) e praticante de Yoga (meu dever é vivenciar o meu Eu) digo que esse conhecimento preenche a lacuna de profissional e praticante e me sinto no dever de passar adiante algo que pode ajudar as pessoas a curar a maior parte de seus problemas. E não há segredo ou dificuldades, apenas uma disposição para voltar a ser natural e normal. É se permitir enxergar que a vida pode ser simples, boa e muito saudável. É apenas encontrar a porta para nos redescobrir. E a chave para esta porta chama-se DISCIPLINA.
A Disciplina é uma palavra que tem a mesma etimologia da palavra "discípulo", que significa "aquele que segue". E “aquele que segue”, segue porque recebeu “O Chamado”, uma inquietação interna que se mescla com sensações de questionamentos profundos, euforia e amor. É uma convocação que provoca transformações na estrutura da nossa consciência refinando a qualidade do nosso olhar. E esse olhar, totalmente desnudo, consegue nos guiar em direção ao nosso Dharma. Entramos então no caminho que é individual, mas reflete na vida como um todo e reverbera planeta afora. Como disse Krishnamurti sobre a inter-relação das coisas, proclamando “eu sou o mundo”. E no meio de tantas transformações, com todas as portas abertas encontramos o Ser desperto, aquele que vê a unidade no que é diverso. Aquele que é Divino e se manifesta no coração (meditação: “Me dita a ação coração”). Quando esse movimento acontece, uma dança se forma, tudo flui e não há esforço algum. É como se você surfasse pela vida em ondas altas e sutis.
Entrar numa disciplina, descobrir o discípulo dentro não significa abandonar tudo, não significa fugir dos problemas. Trata-se de uma nova forma de ver, sentir e estar no mundo. Trata-se de uma recolocação de você mesmo, na mesma casa, com a mesma família, com o mesmo marido, no mesmo corpo, na mesma profissão. É enxergar que o problema vem de dentro e não está no externo. Você se desconstrói e constrói novamente de forma mais eficiente, mais viva, mais sensível ao sutil, mais quântico. A personalidade entra em sintonia com a consciência que se amplia (amplifica) e se identifica como parte da dança cósmica e assim acontece um casamento sagrado com a nossa natureza Divina.
É natural procurarmos a perfeição porque viemos em essência do Perfeito. Mas não é nada natural buscarmos a perfeição no que está manifestado externamente, em padrões totalmente equivocados, naquilo que a mídia impõe. Esta imposição de padrões está adoecendo a maior parte da população. Estabelece-se uma rotina corrida, portanto, deve-se comer muito depressa, e, produtos industrializados, mais fáceis de preparar, mais rápidos. Para comprar tudo que a mídia quer vender tem-se que trabalhar o dobro, dormir menos e descansar menos, só aos domingos, tem gente que nem isso. A mídia também vende corpos esculturais, com 8, 12% de gordura, bumbuns exuberantes, pernas musculosas. Mas pra ter um corpo assim é preciso praticamente virar seu escravo. No planeta impera hoje um sistema escravizador onde tudo deve ser superficial, artificial.
Todo o nosso caminho é um aprendizado. Faz parte da nossa experiência mundana vivenciar algumas etapas, mesmo as que são consideradas ruins. Passamos pelas imbecilidades, amarguras, raivas, invejas, aflições, impaciência. Tudo isso passa por nós. Podemos escolher entre respirar as ondas mais densas ou habitar as dimensões mais sutis que se revelam dentro do nosso ser apatir do momento em que assumimos o compromisso com valores humanos perdidos. É uma questão pura e única de mudança de olhar. E nesse mergulho intenso dentro do nosso cálice encontramos a doçura, o néctar, a nobreza, a integridade, a sutileza, o amor, e a ordem.
As ferramentas.
Aliás tudo começa com a ordem. De acordo com a medicina ayurvédica um corpo doente na verdade, está em desordem!
Ayurveda é o nome dado ao conhecimento médico na Índia há cerca de 7 mil anos, o que faz dela um dos mais antigos sistemas medicinais da humanidade. Ayurveda significa, em sânscrito, Ciência (veda) da vida (ayur). A ayurveda , assim como o Yoga, estão inseridos dentro da escola Samkhya (em sânscrito significa Razão e é uma escola filosófica essencialmente cosmogênica e antropogênica antiga ).
Um corpo em ordem é aquele que dorme de cinco a sete horas e acorda bem, sem cansaço, sem dor, o sono é tranquilo, acorda pouco durante a noite. Os intestinos funcionam todos os dias, a respiração flui, a mente tem um fluxo tranquilo. A pessoa em ordem é eficiente, presente, tem boa memória, bom humor, sabe dos seus objetivos, consegue ter bom discernimento, não adoece fácil, índice de anciedade é baixo, come quando está com fome, bebe quando está com sede, as narinas se alternam durante o dia de forma harmoniosa. Tem muita vitalidade, acorda cedo e a noite ainda está com energia. A pessoa que está em ordem consegue cultivar dentro de si e com os outros o amor, as palavras doces, o sentimento de compaixão e a misericórdia.
Já um corpo em desordem é aquele que o sono não é tranquilo, acorda cansado por mais que durma, às cinco da tarde já sente sua energia exaurida. A mente é muito dispersa, sente dores no corpo, é nervoso, irritadiço, agressivo quando é provocado, não tem vitalidade, os intestinos não funcionam com regularidade, adoecem fácil, vivem tristes, desenvolvem depressão, stress, sindrome do pânico, enxaqueca crônica, choram muito, etc.
Todas estas desordem acontecem porque as pessoas correm o dia todo mas não vão a parte alguma, procuram a satisfação fora e não dentro. Procuram o conforto na ciência e tecnologia e esquecem que a respiração consciente é confortavelmente maravilhosa e acolhedora.
Existe um fim para esses problemas ou estamos desamparados? Creio que não , muito pelo contrário, o amparo, a salvação está literalmente debaixo do nosso nariz. E é nesse ponto, o da respiração, que venho aqui apresentar-lhes apenas um pouco do vasto conhecimento existente no yoga.
O Yoga significa União, é um cálice de profundidades infinitas, mas que nos permite bebericar em sua borda, e obter uma melhora sem tamanho na nossa qualidade de vida, no nosso desempenho, na nossa vitalidade e principalmente o no autoconhecimento. Auto-confiança, fraternidade universal e contentamento são os três pilares que vão construir uma nova estrutura de vida que fortalecerá a nossa vontade de domesticar a natureza animal ainda muito forte em nós.
Muitos dizem que Yoga é o caminho mas também é o que somos em essência. Como praticante acredito que o Yoga não devia ser limitado em um nome, muito menos em ásanas e pranayamas. Yoga é Tudo, é o Todo, é o caminho de retorno pra dentro de nós mesmos. É uma filosofia de vida. Em apenas um beberico nas bordas desse conhecimento antigo encontramos em suas escrituras milenares, manuais para o despertar de manhã, a alimentação, a bebida, a massagem, o sexo, os remédios caseiros, sobre a sincronização do nosso organismo com os ciclos do cosmos que nos fez nascer, meditação, ciclos da respiração, práticas para estabilização de nossa energia, criação de um espaço dentro do nosso ser, enfim, existe um vasto material que nos ensina a como lidar com nós mesmos, como nos adequar. É fundamental, vital.
Quando Patanjali sistematizou estes métodos e chamou de Yoga, tenho certeza que sentiu receio que acontecesse o que acontece hj em dia. As pessoas o reduzem a uma simples ginástica com o corpo. Ora, se em sânscrito o termo signifia União, podemos compreender isso facilmente, apenas com um simples raciocínio: não há nada que tenha existência independente. Se observarmos, cada coisa tem elos diretos com outras coisas. O ser humano não consegue viver sem o ar. O ar existe porque a Terra em seu movimento está involta de gases, e a própria Terra existe por causa do sol, o qual, por sua vez, existe como parte da galáxia. E a galáxia como parte do macrocosmo. Por que insistimos em nos separar de tudo isso? Porque temos a mania de modular um conhecimento Uno.
Na cultura hindu (e em outras culturas antigas) a humanidade é a manifestação da mesma força primordial que fez surgir sóis e as galáxias e não é coincidência que agora a física quântica está conseguindo provar boa parte desses pensamentos que foram na verdade intuidos há milênios. A humanidade é uma extensão evoluída do Universo, uma consciência trazida para baixo e ligada à forma material.
Não quero aqui filosofar muito, nem falar dessa ou aquela escola de yoga. Venho aqui para dar testemunho do Yoga em essência. Senti a necessidade de cumprir meu papel e convidar a todos para um mergulho dentro de vocês.
Nós podemos escolher entre gerar mais Luz, e termos vitalidade e longeividade para vivenciar nossas experiências aqui neste plano ou podemos nos unir ao fluxo que desce e experimentar a inércia e a limitação total do corpo físico, acabando doentes. A pessoa que compreende a natureza das coisas se compreende, se conhece e consegue ter dentro de si um ponto, um lugar onde ele sempre encontrará a paz e o contentamento. É capaz, apartir daí, de assumir a responsabilidade pelo dsenvolvimento do seu próprio organismo e da sua própria felicidade. Verá com clareza, pelo simples fato de se observar todos os dias e observar ao amanhecer, as atividades e conhecimentos que promovem iluminação, os fluxos de pensamentos que envenenam a mente e o corpo, os hábitos e padrões de comportamentos que o levam sempre para a mesma realidade.
O Swami Shivananda diz que tudo começa quando você semeia um novo pensamento, colhe uma nova ação. Quando você semeia uma nova ação, colhe um novo hábito, quando semeia um novo hábito colhe uma nova consciência e semeado essa nova consciência você muda a sua realidade.
É isso aí, a pessoa que se permite adotar hábitos novos e bons na verdade está dando abertura para que uma nova realidade se forme em sua vida.
O amanhecer
É bem verdade que quem me ensinou a importância do estar desperto ao nascer do sol foi meu filhote de dez meses, a quem eu apelidei de “galo da madrugada”. Antes eu acreditava ser uma tremenda violência acordar às cinco da manhã. Na minha mente, eu necessitava de pelo menos oito a dez horas de sono. Com o Yoga, descobri que não sou minha mente (ela é apenas um mecanismo que comanda meu corpo) e nem sou o meu corpo (meu corpo é um invólucro que abriga minha consciência, alma e espírito). Nem mesmo a consciência, o espírito e a alma precisam descansar, então, entrei em acordo com o meu corpo e fechamos em seis horas de descanso. É o suficiente para a pineal trabalhar sossegada e todos os órgãos cumprirem suas funções. Foram necessárias algumas mudanças de hábitos para que meu corpo tivesse o máximo de descanso num prazo curto de tempo. Uma delas é alimentar-me de comida leve pela última vez até as vinte horas. A outra é entrar em sono profundo das vinte e duas até duas da manhã para que o fígado possa exercer o seu trabalho com dignidade. E nesta conversa com o corpo (apenas a tomada de consciência), refinamos o olhar e enxergamos que na verdade essa prática não é violenta e sim intensa.
A primeira sensação (densa ainda) que temos quando acordamos antes um pouco do sol nascer é de tempo maior. Temos tempo pra fazer tudo. Mas esse “tudo” tem que ser bem escolhido para não usarmos a nossa energia de maneira errônea.
O corpo humano é um organismo perfeito, criado pela consciência para dar certo e vivenciar a vida no mundo das formas e nomes. Porque as pessoas adoecem então? Porque estamos distantes de nós mesmos!
Um exemplo disso é o fato de termos duas narinas e não sabermos pra que elas servem. Se fossem usadas apenas para respirar, precisaríamos somente de uma. Na verdade temos duas narinas porque nosso cérebro é dividido em dois hemisférios (leiam Dhanwantari, do médico Harish Johari – fala sobre ayurveda e swar yoga). Nesse fato os médicos ocidentais não têm dado importância e aí a medicina oriental sai na frente.
A Swar Yoga (unificação pela respiração), uma disciplina pouco conhecida até mesmo na Índia, criou e desenvolveu uma ciência que se baseou na observação das narinas. Fruto desta observação foi constatar mudanças no estado do corpo e na consciência. É uma atividade fácil e simples, porém vai exigir um pouco de estudo e, muita disciplina. Não quero falar sobre tudo que envolve a swar Yoga aqui neste texto, porque eu precisaria de muitas e muitas páginas. Mas sei que podemos usar o básico, ou seja, qualquer pessoa será capaz de verificar e sincronizar seus próprios ritmos interiores com os ritmos do Universo.
Segundo pesquisadores a atividade elétrica se manifesta sob a forma de ondas cerebrais e cada hemisfério possui formas de comportamento específicas, típicas e únicas. O movimento da energia de um hemisfério para o outro acontece de acordo com a mudança da respiração de uma narina para a outra. Quando a narina direita predomina é o hemisfério esquerdo quem controla, quando é a narina esquerda é o hemisfério direito que comanda. O controle intencional do padrão respiratório altera a química do corpo e se é feito na primeira manifestação de algum sintoma de doença é possível a prevenção.
Essa atividade de detectar o funcionamento das narinas te permite saber ao amanhecer qual hemisfério do seu cérebro está pronto para trabalhar. Assim você pode executar ações as quais seu corpo terá a química disponível naquele momento sem um gasto extra de energia. É fácil detectar. Ao voltar do sono profundo, na primeira hora do dia (às vezes isso acontece por volta das quatro e meia, cinco horas da manhã) coloque o dedo na frente das narinas e exale. Você sentirá qual vai estar com fluxo maior de ar. Esta é a narina operante. Levante-se da cama com o pé correspondente à narina operante e massageie o lado do corpo também. Isso é para você entrar em sintonia com a porção atuante de você mesmo. Essa sintonização é de extrema importância, é simplesmente a tomada de consciência do corpo.
Acordar um pouco antes do sol, lhes dará tempo para tudo. Se a narina esquerda (energia fria, ligada à lua) estiver operante, ela é que vai reger o seu dia. Você terá química disponível para atividades mais serenas, de longa duração como meditar, fazer jejum, beber algo, cantar, conversar, rezar, tocar algum instrumento, observar a natureza, assim como também sua energia estará propícia para fazer ou fechar negócios. Também é boa para conversas espirituais, jardinagem leve, depositar dinheiro em banco, aprender uma língua diferente, curar lesões, dores, etc. Você deve escolher para todo o dia atividades serenas, você estará mais intuitivo.
E se for a direita (quente, ligada ao sol) atividades mais agitadas e instáveis, de curto prazo, escrever livros, fazer trabalho físico árduo, praticar ásanas, etc. Na prática sexual um cuidado extra: a mulher deve estar com a narina esquerda operante e o homem a direita. Para evacuar e comer, a narina direita, urinar e beber (nada alcoólico) narina esquerda. Adotando estes hábitos e nos sintonizando através das narinas conseguimos aproveitar a potência máxima do nosso corpo.
Ritual diário
Não é nada fácil sintonizar suas narinas com o ritmo da casa (estou falando do meu exemplo, sou mãe, tenho filhos, marido, etc.), mas dá para fazer acordando bem cedo, às cinco da manhã. O importante é não criar mais um stress na sua vida por causa das narinas. Comece detectando, fazendo o ritual de sintonização, depois de alguns dias, passe a levantar andar um pouco, olhar coisas bonitas, boas, de energia suave. Depois de alguns dias faça tudo isso e tome um banho, pelo menos dez minutos antes do amanhecer. Para tomar o banho verifique novamente as narinas.
Sempre que precisar exercer alguma função e a narina operante não for a ideal, deite de lado (lado operante para baixo) coloque um travesseiro debaixo do tórax e das axilas e espere. Em alguns minutos ela abrirá. Também é bom esvaziar os intestinos e tomar banho com a narina direita operante.
O banho tira o ranço do dia anterior e da noite de sonhos. É muito bom começar o dia com tudo limpo e no lugar. Com a sensação nítida da sua natureza, de quem você é realmente. E é melhor ainda aproveitar todos os eventos químicos e elétricos que acontecem ao nascer do sol com o corpo limpo!
Sei que não é fácil adotar estas práticas e é até engraçado ficar conferindo as narinas pra saber o que é apropriado fazer, mas com o tempo, eu garanto, sentirão naturalmente. Mas desde o início do processo verão uma melhora extraordinária na qualidade de vida, na disposição, na vitalidade, e na eficiência de seu dia. Com disciplina e disponibilidade com você mesmo vai notar o quanto é perfeito, o quanto o seu organismo é eficiente, focalizado, sintonizado com o Universo. E não é somente este hábito que vai curar a humanidade, mas é preciso começar de alguma forma, precisamos urgentemente voltar a ter contato com nós mesmos, voltar a ser mais natural, mais simples, observando e tendo como exemplo a natureza que é nossa Mãe. E nem pensem que swar yoga é só isso, pesquisem, se aprofundem porque vocês se surpreenderão.
Namastê