¨Se eu pudesse deixar algum presente a você...
Deixaria para você,
se pudesse,
o respeito àquilo que é indispensável...
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.¨

Gandhi

Ganesha Gam Ganesha Gam Ganesha Gam...

Ganesha Gam Ganesha Gam Ganesha Gam...

ÔMMMMMMMMMMMMMM

ÔMMMMMMMMMMMMMM
Yoga é uma prática milenar, um caminho em direção a essência do ser, que nos ensina a reconhecer a experiência de existir plenamente, com boa saúde física, mental e espiritual, sempre em sintonia com a dança da vida.

São Paulo, S.P., Brazil
Marcynha talvez retrate melhor o meu metro e meio de altura. Fui Marcynha desde sempre, nas escolas onde estudei, na faculdade de enfermagem que não concluí, na faculdade de psicologia onde me formei (FMU - 1994), na especialização em Terapia Cognitiva Construtivista da UNIP em 95... Inquieta, sempre buscando novidades, querendo um algo mais... Em 1996 atrás de um novo caminho na psicologia encontrei o caminho do Yoga, um caminho muito além da psicologia, muito além da profissão, um caminho para experimentar a vida! Foi no Yoga que me re descobri, psicóloga por herança familiar e professora de Yoga (desde 1998) por uma escolha que veio do coração. Yam...Yam...Yam... Posso até dizer que meu sobrenome foi uma pista, em sua sonoridade, para que eu ouvisse meu coração. No Yoga encontrei o caminho que me inspira viver e compreender a experiência dessa existência humana.

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sábado, 5 de abril de 2014

Viver Yoga

 

Eu carrego comigo uma caixa mágica, onde eu guardo meus tesouros mais bonitos. 
Tudo aquilo que eu aprendi com a vida, tudo o que eu ganhei com o tempo e que vento nenhum leva. 
Guardo as memórias que me trazem riso, as pessoas que tocaram minha alma e que de alguma forma, me mudaram para melhor. 
Guardo também a infância toda tingida de giz. 
Tinha jeito de arco-íris a minha.

Caio Fernando Abreu
Que eu me permita
olhar e escutar e sonhar mais.
Falar menos.
Chorar menos.
Ver nos olhos de quem me vê
a admiração que eles me têm
e não a inveja que penso que têm.
Escutar com meus ouvidos atentos
e minha boca estática,
as palavras que se fazem gestos
e os gestos que se fazem palavras.
Permitir sempre
escutar aquilo que eu não tenho
me permitido escutar.
Saber realizar
os sonhos que nascem em mim
e por mim
e comigo morrem por eu não os saber sonhos.
Então, que eu possa viver
os sonhos possíveis
e os impossíveis;
aqueles que morrem
e ressuscitam
a cada novo fruto,
a cada nova flor,
a cada novo calor,
a cada nova geada,
a cada novo dia.
Que eu possa sonhar o ar,
sonhar o mar,
sonhar o amar,
sonhar o amalgamar.
Que eu me permita o silêncio das formas,
dos movimentos,
do impossível,
da imensidão de toda profundeza.
Que eu possa substituir minhas palavras
pelo toque,
pelo sentir,
pelo compreender,
pelo segredo das coisas mais raras,
pela oração mental
(aquela que a alma cria e
que só ela, alma, ouve
e só ela, alma, responde).
Que eu saiba dimensionar o calor,
experimentar a forma,
vislumbrar as curvas,
desenhar as retas,
e aprender o sabor da exuberância
que se mostra
nas pequenas manifestações
da vida.
Que eu saiba reproduzir na alma a imagem
que entra pelos meus olhos
fazendo-me parte suprema da natureza,
criando-me
e recriando-me a cada instante.
Que eu possa chorar menos de tristeza
e mais de contentamentos.
Que meu choro não seja em vão,
que em vão não sejam
minhas dúvidas.
Que eu saiba perder meus caminhos
mas saiba recuperar meus destinos
com dignidade.
Que eu não tenha medo de nada,
principalmente de mim mesmo:
- Que eu não tenha medo de meus medos!
Que eu adormeça
toda vez que for derramar lágrimas inúteis,
e desperte com o coração cheio de esperanças.
Que eu faça de mim um homem sereno
dentro de minha própria turbulência,
sábio dentro de meus limites
pequenos e inexatos,
humilde diante de minhas grandezas
tolas e ingênuas
(que eu me mostre o quanto são pequenas
minhas grandezas
e o quanto é valiosa
minha pequenez).
Que eu me permita ser mãe,
ser pai,
e, se for preciso,
ser órfão.
Permita-me eu ensinar o pouco que sei
e aprender o muito que não sei,
traduzir o que os mestres ensinaram
e compreender a alegria
com que os simples traduzem suas experiências;
respeitar incondicionalmente
o ser;
o ser por si só,
por mais nada que possa ter além de sua essência,
auxiliar a solidão de quem chegou,
render-me ao motivo de quem partiu
e aceitar a saudade de quem ficou.
Que eu possa amar
e ser amado.
Que eu possa amar mesmo sem ser amado,
fazer gentilezas quando recebo carinhos;
fazer carinhos mesmo quando não recebo
gentilezas.
Que eu jamais fique só,
mesmo quando
eu me queira só.
Amém.
(Oswaldo Antônio Begiato)