¨Se eu pudesse deixar algum presente a você...
Deixaria para você,
se pudesse,
o respeito àquilo que é indispensável...
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.¨

Gandhi

Ganesha Gam Ganesha Gam Ganesha Gam...

Ganesha Gam Ganesha Gam Ganesha Gam...

ÔMMMMMMMMMMMMMM

ÔMMMMMMMMMMMMMM
Yoga é uma prática milenar, um caminho em direção a essência do ser, que nos ensina a reconhecer a experiência de existir plenamente, com boa saúde física, mental e espiritual, sempre em sintonia com a dança da vida.

São Paulo, S.P., Brazil
Marcynha talvez retrate melhor o meu metro e meio de altura. Fui Marcynha desde sempre, nas escolas onde estudei, na faculdade de enfermagem que não concluí, na faculdade de psicologia onde me formei (FMU - 1994), na especialização em Terapia Cognitiva Construtivista da UNIP em 95... Inquieta, sempre buscando novidades, querendo um algo mais... Em 1996 atrás de um novo caminho na psicologia encontrei o caminho do Yoga, um caminho muito além da psicologia, muito além da profissão, um caminho para experimentar a vida! Foi no Yoga que me re descobri, psicóloga por herança familiar e professora de Yoga (desde 1998) por uma escolha que veio do coração. Yam...Yam...Yam... Posso até dizer que meu sobrenome foi uma pista, em sua sonoridade, para que eu ouvisse meu coração. No Yoga encontrei o caminho que me inspira viver e compreender a experiência dessa existência humana.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

DEPOIMENTO ANÔNIMO à Gustavo Ponce

Hoje completo 35 anos.
Verão de 1991: um amigo me arrasta para fazer a primeira aula de Yoga.
Vou com a mente aberta. Resolvi experimentar, já que não tenho nada a perder. Sei que não vou gostar, mas experimentarei de qualquer forma. Na verdade, a idéia de participar de uma aula em que as pessoas alongam os músculos dirigidos por um guru com antecedentes duvidosos não me agrada muito e, segundo ouvi, os gurus são seguidos por gente fanática.
No meu caso, vou à academia todos os dias, levanto mais de 100 quilos e corro 7 quilômetros por dia, não preciso de nada disso, mas já que estão me convidando…
Entro em uma sala cheia de gente.
É uma aula nível 1-2.

Com poucas exceções, a maioria dos alunos parece estar em condições físicas normais e definitivamente aparentam ser mais fracos que eu. Constato que não haverá nenhum tropeço.
A aula começa e me encontro em uma postura com um nome ridículo e de mau gosto: cachorro olhando para baixo (adho mukha svanasana).
O que eu não consigo entender é como a mulher ao lado está com os calcanhares no chão quando os meus estão a 10 centímetros!!!(?)
A resposta chega rápido: as mulheres são mais flexíveis.
Em seguida, escuto o professor dizer que a postura em questão é de descanso.
Isso não é bom!

Não estou descansando e me dói todo o corpo!!
Passada a primeira meia hora, meus braços e pernas tremem fortemente e, o que é pior, estou com a sensação de que vou vomitar. A quantidade de suor que se desprende do meu corpo me assombra. Não são gotas...É uma corrente de suor que golpeia o chão começando a formar uma poça embaixo de mim! Com horror percebo que a poça escorre fora do mat para o chão de madeira movendo-se perigosamente na direção da mão de uma linda mulher...
De repente escorrego em meu próprio suor – BAM! – e caio de bruços.
As pessoas ao meu redor tentam silenciar as gargalhadas.
Estou completamente desgostoso e morro de vergonha.
Olho para meu amigo, que nem mesmo transpira.
Alguma coisa está errada (??).
O professor, que deve ter uns 50 anos, continua demonstrando a postura seguinte calmamente.

Faço tudo que me é humanamente possível para seguir o ritmo da aula.
Minhas tentativas de fazer as posturas são imitações toscas.

“Segurem os dedões dos pés”, diz o professor.
Dobro o máximo que posso, mas minhas mãos só chegam a uns 20 centímetros dos pés. Ainda caio um par de vezes, meu ego também está no chão. Percebo que todos na sala são mais fortes do que eu, são mais flexíveis e têm mais resistência.
Estou completamente confuso, a raiva e o desespero se alternam para me desmoralizar.
Crise.

Estou rendido.
Exausto!
Não posso mais!!!
Cheguei ao meu limite, mas a aula não termina!!!! E agora o professor nos pede para fazer parada de mão!!!!
“Só pode estar brincando”, penso em voz alta.
Meus braços parecem de borracha, tremem violentamente, não dá mais!!!

Estou prestes a chorar, mas não faço isso há muito tempo e não vai ser aqui.
Olho para a porta e me vejo correndo para o estacionamento, mas fui criado ouvindo que não devo nunca desistir. Fiz um esforço supremo e resisti à tentação de sair correndo.
Finalmente a aula terminou.

Graças a Deus!
O professor manda que deitemos.
Caí em um sono profundo e depois me disseram que ronquei. Perfeito!
Andando para o carro, meu amigo se desculpa: “Achei que a aula seria mais nível 1 do que 2”.

“Nenhum problema”, minto. Mas a verdade é que nunca mais voltarei para uma aula de Yoga. Nunca!!!
Mas as coisas mudam...

Coisas estranhas começam a acontecer comigo...
Me encontro em um estado de euforia que já dura quase dois dias!!!(?)
Encontrei-me com uns amigos em uma festa de aniversário que nada sabiam sobre a aula e eles me dizem que estou com uma energia diferente...
Acordo no dia seguinte completamente descansado, mais do que de costume, me sinto ótimo.
Algo importante acaba de me acontecer e não somente no corpo.
Três dias depois...Volto.
Foi assim, e tenho uma notícia boa para meus amigos sem alongamento como eu: a prática deixa de ser dolorosa depois de um tempo. Se controlar seu orgulho e começar por uma aula de iniciante seguindo seu ritmo, praticando constante e cuidadosamente, em muito pouco tempo deixa de ser uma tortura medieval. Assim que comecei, encontrei na prática muitas coisas satisfatórias...E eventualmente, mas só eventualmente, você será capaz de segurar os dedos dos pés.

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